Os Corpos Amarelos, responsáveis pela "Peste Dourada", são criaturas grotescas e aterrorizantes que um dia foram saudáveis seres humanos. A infecção que os transformou é uma sombria manifestação da desconhecida força por trás dessa calamidade.
Sua pele, agora amarelada e ressecada, é um triste testemunho das consequências mortais da transformação, frequentemente revelando vísceras e órgãos internos expostos, como lembranças grotescas de sua humanidade perdida. A aparência pútrida dessas criaturas serve como um aviso macabro das inúmeras limitações que agora enfrentam.
A evolução dos Corpos Amarelos é complexa e perturbadora. Existem relatos variados sobre as diferentes formas que essa infecção pode tomar. Alguns estão presos em um estado inativo, semelhante a um eterno estado de coma, já outros, vagando pelas ruas como sombras do que já foram.
Outros, conhecidos como "quase-comuns", conseguiram manter um grau limitado de cognição, demonstrando comportamentos que às vezes lembram a sua vida anterior. Essa diversidade de formas sugere que a infecção afeta indivíduos de maneiras distintas, levantando questões sobre os fatores que influenciam essas variações.
A origem da disseminação da infecção permanece envolta em mistério e medo. Teorias sobre a propagação dessa peste são sombrias e especulativas. Alguns acreditam que a inalação de um pó amarelo, cuja composição permanece não identificada, poderia ser a causa inicial da infecção.
Outros temem que o contato direto entre um ser humano saudável e um corpo pútrido seja a maneira pela qual essa terrível doença se espalha, trazendo consigo um destino cruel para aqueles que ousam enfrentá-la.
Enquanto a sociedade luta para entender e conter a ameaça representada pelos Corpos Amarelos, surge uma corrida desesperada para encontrar uma cura ou pelo menos uma forma de mitigar os efeitos dessa transformação horrível.
No entanto, até que as respostas se tornem claras, os Corpos Amarelos continuarão a assombrar os pesadelos da humanidade, lembrando-nos das consequências sombrias que podem surgir quando a natureza é desafiada e a escuridão espreita nas sombras mais profundas.
André e Edgard, amigos de infância, embarcam em uma jornada em busca de um refúgio seguro, longe dos terrores da cidade. Belo Horizonte, um dia repleta de vida e energia, agora é um labirinto de corpos amarelos errantes. Desde o início da infecção, dez anos atrás, os amigos moram em enormes prédios abandonados na última área de segurança, localizado no antigo bairro Santo Antônio.
Com o aumento da incidência dos corpos amarelos na região, decidem partir para uma jornada sem destino, em busca de um lugar mais tranquilo. O que eles não esperam é que fora da cidade, os não-vivos seriam ainda mais mortais, obrigando-os a colocar em prática todo o instinto de sobrevivência.
O que seria apenas uma mudança de endereço, provou ser o maior desafio dos amigos, que já não tem mais garantida a sobrevivência. André e Edgard também enfrentam demônios internos e a dura realidade de um mundo despedaçado. A questão é: o que resta quando tudo o que conhecíamos se foi? E o que vale a pena lutar quando a esperança parece perdida?
Para sobreviver, era preciso esquecer de tudo e todos que se amava.
No mundo pós-apocalíptico dominado por criaturas pútridas e famintas por carne humana, um advogado preguiçoso e desiludido é forçado a lutar pela vida. Em um prédio imenso, ele busca refúgio dos não-vivos que o perseguem implacavelmente.
Cada andar é uma batalha árdua até chegar no terraço. Ferido e exausto, ele questiona suas escolhas e lamenta as perdas que enfrentou. Nessa nova realidade, onde o luto e a esperança não têm espaço, a sobrevivência exige deixar para trás o passado e tudo que ele amava. Será que ele conseguirá alcançar o topo do prédio e encontrar algum sentido nessa nova existência desolada?
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
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Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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