O interesse humano pelo fim do mundo é um fenômeno, ao mesmo tempo, real e fascinante, mas que não deixa de ser um tanto intrigante. Desde os tempos antigos até a era moderna, histórias apocalípticas têm cativado nossa imaginação, seja por meio de livros, filmes ou séries de TV.
Mas
o que, exatamente, nos atrai tanto nesses relatos de destruição e sobrevivência? Neste blog, exploraremos os diversos aspectos que nos levam a gostar tanto dessas histórias. Veja qual a minha opinião sobre o porquê gostamos tanto de assistir e nos aventurar nas histórias de fim do mundo. Preparado? Então, vamos lá!
O desconhecido sempre foi uma fonte de curiosidade para a humanidade. Histórias apocalípticas oferecem um vislumbre de um futuro incerto e, muitas vezes, aterrorizante. Este cenário nos faz questionar nosso lugar no mundo e como lidaríamos com situações extremas. A ideia de que tudo que conhecemos pode mudar drasticamente da noite para o dia mexe com nossa imaginação.
Além disso, esses relatos muitas vezes exploram cenários que estão além da nossa experiência cotidiana, como invasões alienígenas, pandemias mortais, multiplicação de zumbis e desastres naturais em escala épica. Eles nos permitem aventurar-nos em mundos desconhecidos e explorar possibilidades que, embora improváveis, são fascinantes em sua imprevisibilidade.
O fim do mundo nos força a confrontar a fragilidade da existência humana. Em um mundo onde tudo pode desmoronar em um instante, somos lembrados de nossa vulnerabilidade. Essas histórias nos permitem explorar como lidaríamos com a perda e a sobrevivência, nos colocando no papel dos protagonistas que enfrentam adversidades inimagináveis.
Quando nos deparamos com histórias de apocalipse, somos convidados a refletir sobre a efemeridade da vida e a natureza transitória de nossas conquistas materiais e sociais. Esses cenários nos desafiam a considerar o que realmente importa e como preservaríamos nossa humanidade em face da adversidade.
Histórias apocalípticas frequentemente oferecem uma forma de catarse emocional. Elas permitem que exploremos nossos medos mais profundos em um ambiente seguro e controlado. Ao ver personagens superando desafios catastróficos, experimentamos um alívio emocional e uma sensação de triunfo, mesmo que apenas indiretamente.
Através da jornada dos personagens, conseguimos enfrentar nossos próprios medos e ansiedades sobre o futuro. Essa experiência de vivenciar o medo e a esperança através dos olhos de outra pessoa pode ser incrivelmente libertadora, permitindo-nos processar emoções complexas de uma maneira que seria difícil no mundo real.
Apesar do cenário sombrio, muitas histórias apocalípticas são, em essência, sobre coragem e esperança. Elas destacam a capacidade humana de perseverar e encontrar luz mesmo nas situações mais escuras. Essa dualidade entre desespero e esperança é o que torna essas narrativas tão poderosas e inspiradoras.
Essas histórias frequentemente apresentam personagens que, apesar das circunstâncias desesperadoras, encontram forças para lutar e sobreviver. Eles mostram como, mesmo diante da destruição, a humanidade é capaz de se unir, inovar e reconstruir. Esses temas universais ressoam profundamente conosco, lembrando-nos de nossa capacidade inerente de resistir e prosperar.
Narrativas apocalípticas frequentemente levantam questões filosóficas e morais profundas. Elas nos forçam a pensar sobre o que realmente importa na vida, nossas prioridades e valores. Diante da destruição iminente, o que estamos dispostos a sacrificar? Essas histórias desafiam nossas noções de moralidade e ética em contextos extremos.
Por exemplo, em situações onde os recursos são escassos, somos confrontados com dilemas sobre quem merece ser salvo ou quais princípios estamos dispostos a abandonar para sobreviver.
Claro, não podemos esquecer o aspecto do entretenimento. Histórias de fim do mundo são muitas vezes repletas de ação, suspense e drama, proporcionando uma forma emocionante de escapismo. Elas nos transportam para um mundo diferente do nosso cotidiano, oferecendo uma experiência intensa e envolvente.
Esses cenários permitem que esqueçamos temporariamente nossas preocupações diárias e nos envolvamos em uma narrativa cheia de emoções fortes e reviravoltas. O elemento de sobrevivência, com suas constantes ameaças e desafios, cria uma experiência de adrenalina que é altamente cativante para muitos leitores e espectadores.
O fascínio humano pelo fim do mundo é multifacetado, envolvendo uma mistura de curiosidade, reflexão, catarse emocional e entretenimento. Essas histórias nos oferecem uma maneira de explorar nossos medos e esperanças mais profundos, refletindo sobre a condição humana e a nossa capacidade de resiliência.
Seja por meio de
livros,
filmes ou séries, continuamos a nos maravilhar e a aprender com essas narrativas apocalípticas, encontrando nelas uma fonte inesgotável de inspiração e introspecção.
Em "Olhos Mágicos", o terceiro livro do universo pós-apocalíptico "Corpos Amarelos", somos transportados para o início da terrível Peste Dourada através dos olhares de Oliver e Rebeca, dois vizinhos que testemunham o caos desdobrar-se bem diante de seus olhos. Morando no mesmo andar, um de frente para o outro, cada um enfrenta a ameaça crescente de uma maneira única, compartilhando a angústia e o medo que se espalham tão rapidamente quanto a própria doença.
Por meio de uma narrativa que alterna entre os pontos de vista de Oliver e Rebeca, capítulo a capítulo, "Olhos Mágicos" nos oferece um vislumbre íntimo de suas vidas cotidianas, agora interrompidas pelo surgimento dos corpos amarelos. Utilizando-se dos olhos mágicos de suas portas, eles observam, impotentes, a transformação de seus vizinhos e o mundo exterior se desfazendo em caos.
Confinados, mas não derrotados, Oliver e Rebeca formam uma amizade forjada na adversidade. Juntos, enfrentam o dilema de permanecer em segurança nos limites de seus apartamentos ou arriscar tudo ao sair para enfrentar o desconhecido. "Olhos Mágicos" é uma história de sobrevivência, amizade e coragem diante de um mundo transformado, onde a esperança reside nos momentos de humanidade compartilhados atrás de portas fechadas.
Acompanhe Oliver e Rebeca em sua jornada emocionante, enquanto eles decidem se a vida além de suas portas vale o risco de enfrentar os corpos amarelos.
"Olhos Mágicos" está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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