Em um mundo devastado por um apocalipse zumbi, onde a tecnologia falhou e as redes de comunicação entraram em colapso, como as comunidades sobreviventes poderiam se conectar? A resposta pode estar em um método antigo, testado pelo tempo e, surpreendentemente, eficaz: o pombo-correio.
Sim, essas aves aparentemente comuns podem se tornar peças fundamentais para a sobrevivência e a comunicação em um cenário pós-apocalíptico. Você sabe como funciona o trabalho desses carteiros voadores? Me acompanhe nas próximas linhas e entenda como eles podem ser essenciais para a sua sobrevivência. Boa leitura!
O pombo-correio é uma variedade de pombo-doméstico (Columba livia domestica) treinado para retornar ao seu local de origem após ser solto em um ponto distante. Essa habilidade natural de orientação, conhecida como "homing", permite que eles percorram centenas de quilômetros com precisão, carregando mensagens em pequenos tubos presos às suas patas.
Essa prática não é nova. Na verdade, os pombos-correio têm uma história milenar como mensageiros. Eles foram usados pelos persas, egípcios e romanos para transmitir informações importantes durante guerras e conquistas.
Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, esses pássaros foram essenciais para a comunicação entre tropas, salvando vidas e garantindo a entrega de mensagens críticas em meio ao caos dos campos de batalha.
Imagine um mundo onde a internet, os celulares e até mesmo o rádio não funcionam mais. As estradas estão bloqueadas por destroços, e os zumbis vagam por todos os cantos. Nesse cenário, os pombos-correio surgem como uma solução viável e confiável para a comunicação. Aqui estão algumas razões pelas quais eles seriam fundamentais:
Em um cenário pós-apocalíptico, comunidades isoladas poderiam estabelecer "rotas de pombo" para trocar informações, coordenar estratégias defensivas ou até mesmo enviar suprimentos essenciais. Aqui estão algumas maneiras práticas de utilizá-los:
Claro, o uso de pombos-correio não seria isento de desafios. Predadores naturais, como falcões, e a própria ameaça zumbi poderiam colocar essas aves em risco. Além disso, seria necessário treinar e cuidar dos pombos, garantindo que eles tenham refúgio e comida suficiente.
Outro ponto a considerar é a logística: para que o sistema funcione, as comunidades precisariam estabelecer rotas claras e pontos de encontro específicos para os pombos. Isso exigiria cooperação e planejamento entre os grupos sobreviventes.
Em um mundo pós-apocalíptico, onde a tecnologia falhou e o caos reina, soluções simples e antigas podem se tornar as mais eficazes. O pombo-correio, com sua habilidade única de navegação e resistência, poderia ser a chave para manter a comunicação e a esperança viva entre os sobreviventes.
Então, da próxima vez que você vir um pombo nas ruas, lembre-se: em um cenário de fim do mundo, essa ave aparentemente comum poderia ser a diferença entre a sobrevivência e o colapso total. Quem diria que o futuro da comunicação humana poderia depender das asas de um herói emplumado?
O Voo da Mosca é uma coletânea de dramas pós-apocalípticos de zumbis que narra cinco histórias distintas ambientadas no mesmo universo, mas em momentos diferentes.
Contos desta coletânea: Puberdade (inédito) - Olhos Mágicos - Passagem - Terraço - Paradigma (inédito)
Nessa obra, os 'corpos amarelos' — como são chamados os seres transformados — não são a maior ameaça. As histórias exploram o entendimento das relações humanas e sociais, laços familiares e afetivos, identitarismo, conflitos, sacrifícios diante de uma nova realidade, traumas e relações de poder.
Em O Voo da Mosca, o leitor será desafiado a refletir sobre o comportamento humano em situações extremas e inesperadas. Cada conto é parte de um quebra-cabeça sombrio, onde os corpos amarelos podem ser o menor dos problemas. Prepare-se para uma leitura visceral, repleta de tensão psicológica e surpresas devastadoras.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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