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Filme "A Noite Devorou o Mundo": um olhar apocalíptico diferente

Juliano Loureiro • 29 de julho de 2024

O cinema tem explorado o tema apocalíptico de diversas formas, e o subgênero zumbi é um dos mais populares. Filmes como "Guerra Mundial Z" e e a série "The Walking Dead" cativaram o público com sua abordagem de ação e terror.


No entanto, "A Noite Devorou o Mundo" (originalmente "La Nuit a Dévoré le Monde"), um filme francês dirigido por Dominique Rocher, oferece uma perspectiva única e introspectiva sobre um mundo dominado por zumbis.


Lançado em 2018, este filme é uma adaptação do romance homônimo de Pit Agarmen e se destaca por seu enfoque no isolamento e na sobrevivência psicológica tanto quanto na física. Neste blogpost, exploraremos do que se trata o filme, fazer um resumo da história, compartilhar algumas curiosidades e discutir se vale a pena assistir a esta obra cinematográfica.

Do que se trata o filme?

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"A Noite Devorou o Mundo" é um filme de terror psicológico que se passa em Paris. Diferente de muitos filmes de zumbis que focam na ação frenética e no confronto direto com as criaturas, esta obra se concentra na solidão e no isolamento do protagonista, Sam, interpretado por Anders Danielsen Lie.


O filme examina o que acontece quando alguém se vê completamente isolado em um mundo onde a humanidade foi devastada por um apocalipse zumbi. É uma exploração do impacto psicológico do isolamento extremo e da luta interna pela sobrevivência.

Resumo da história de "A noite que devorou o mundo"

A trama começa com Sam indo ao apartamento de sua ex-namorada para buscar algumas de suas coisas. Durante uma festa movimentada, ele se isola em um quarto e acaba adormecendo. Quando acorda na manhã seguinte, Sam descobre que Paris foi tomada por zumbis, e todos os convidados da festa, assim como a maioria dos habitantes da cidade, foram mortos ou transformados.


Confuso e aterrorizado, Sam rapidamente percebe que precisa encontrar um lugar seguro. Ele decide se abrigar no prédio onde estava, fortificando o apartamento e explorando os outros andares em busca de suprimentos. À medida que os dias passam, ele luta para manter sua sanidade enfrentando o isolamento extremo, a constante ameaça dos zumbis e a falta de contato humano.


Sam desenvolve estratégias para sobreviver, como coletar comida e água, criar armadilhas para os zumbis e encontrar maneiras de se entreter. Ele também começa a interagir com um zumbi preso no elevador, batizado de Alfred, usando-o como uma espécie de confidente mudo.


A situação de Sam começa a se complicar quando ele encontra outra sobrevivente, Sarah (Golshifteh Farahani). Inicialmente, a presença de Sarah traz um alívio para Sam, mas também levanta questões sobre a confiança e a colaboração em um mundo onde a sobrevivência é uma luta constante. Juntos, eles enfrentam os desafios de viver em um ambiente hostil, onde a morte espreita a cada esquina.

Curiosidades de "A noite que devorou o mundo"

  1. Adaptação literária: O filme é baseado no romance de Pit Agarmen, sendo um pseudônimo do autor Martin Page. A história no livro possui algumas diferenças em relação ao filme, mas ambos mantêm o foco no aspecto psicológico da sobrevivência.
  2. Produção francesa: "A Noite Devorou o Mundo" é uma produção francesa, trazendo uma perspectiva diferente do habitual cenário americano de apocalipse zumbi. A ambientação em Paris e a abordagem mais introspectiva são destaques.
  3. Minimalismo: O filme se destaca por seu minimalismo, com poucas cenas de ação intensa. Em vez disso, foca no desenvolvimento do personagem principal e na atmosfera de isolamento.
  4. Reflexão social: A obra também serve como uma reflexão sobre a solidão nas grandes cidades modernas, mesmo antes do apocalipse, e como o isolamento pode afetar a saúde mental.
  5. Atores: Anders Danielsen Lie, que interpreta Sam, é conhecido por seu trabalho em filmes de drama e é um ator respeitado no cinema europeu. Sua performance introspectiva e contida é um dos pontos fortes do filme.

Vale a pena assistir?

"A Noite Devorou o Mundo" não é um típico filme de zumbis repleto de ação e violência gráfica. Em vez disso, é uma exploração profunda e introspectiva da condição humana em situações extremas. Se você é fã de filmes que combinam terror com uma análise psicológica, esta obra vale certamente a pena ser vista.


A força do filme está em sua capacidade de criar uma atmosfera de isolamento e desespero sem recorrer a clichês do gênero. A atuação de Anders Danielsen Lie é convincente e envolvente, fazendo com que o público se conecte com sua luta interna e externa. A direção de Dominique Rocher é eficaz em construir tensão e suspense, mesmo nas cenas mais silenciosas e contemplativas.


No entanto, se você procura um filme com muita ação e cenas de confronto intensas, pode achar "A Noite Devorou o Mundo" um pouco lento. A narrativa é mais focada no desenvolvimento do personagem e na atmosfera, podendo não agradar a todos os espectadores.


A cinematografia do filme também merece destaque. As imagens de uma Paris deserta e tomada pelo caos são visualmente impactantes e contribuem para a sensação de isolamento. A trilha sonora é sutil, complementando a narrativa sem distrações.


Outro ponto positivo é como o filme aborda a questão da sanidade em meio ao caos. A interação de Sam com o zumbi Alfred é uma metáfora poderosa para a solidão e a necessidade de conexão humana, mesmo em situações desesperadoras. O encontro com Sarah adiciona uma nova dinâmica à história, explorando temas de confiança e cooperação.


Em resumo, "A Noite Devorou o Mundo" é um filme que oferece uma abordagem única ao gênero de apocalipse zumbi. É uma obra que desafia o espectador a refletir sobre a solidão, a sobrevivência e a resiliência humana. Se você aprecia filmes que vão além do entretenimento e provocam reflexão, este é um título que merece ser adicionado à sua lista de filmes a serem assistidos.

Leia "Olhos Mágicos", livro do Universo Corpos Amarelos

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Em "Olhos Mágicos", o terceiro livro do universo pós-apocalíptico "Corpos Amarelos", somos transportados para o início da terrível Peste Dourada através dos olhares de Oliver e Rebeca, dois vizinhos que testemunham o caos desdobrar-se bem diante de seus olhos. Morando no mesmo andar, um de frente para o outro, cada um enfrenta a ameaça crescente de uma maneira única, compartilhando a angústia e o medo que se espalham tão rapidamente quanto a própria doença.


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