O fim do mundo é um cenário que sempre fascinou a ficção — seja por zumbis, pandemias ou colapsos ambientais. Mas por trás do entretenimento, muitas produções escondem lições valiosas sobre sobrevivência, resiliência e psicologia humana.
O que
The Walking Dead,
Mad Max e
The Last of Us podem nos ensinar sobre enfrentar um apocalipse real? Vamos explorar as regras não escritas do caos, inspiradas pelas telas. Boa leitura!
Quase toda história pós-apocalíptica repete a mesma máxima: o maior perigo nunca são os zumbis, os infectados ou a radiação — são os humanos. Em A Estrada, um pai e seu filho evitam outros sobreviventes não por medo de violência física, mas porque a fome e o desespero transformaram pessoas em predadores. The Walking Dead levou isso ao extremo com vilões como Negan e o Governador, mostrando como líderes carismáticos podem surgir no vácuo da lei.
Lição real: Em situações de colapso social, confiança é um recurso escasso. Avalie riscos antes de se unir a grupos, e esteja preparado para defender o que é seu — sem perder sua humanidade no processo.
No deserto nuclear de Mad Max, os sobreviventes são divididos em dois tipos: os que se agarram ao passado (e morrem por isso) e os que improvisam com o que sobra. Max Rockatansky não é um herói por força bruta, mas por sua capacidade de se adaptar — seja dirigindo um carro feito de sucata ou negociando com tribos hostis.
Lição real: Habilidades práticas valem mais que posse. Aprenda a consertar objetos, purificar água e fazer armas improvisadas. Em um mundo sem indústria, um canivete e criatividade salvam mais vidas que um estoque de comida.
The Last of Us ensina que refúgios são temporários. Joel e Ellie nunca ficam muito tempo no mesmo lugar — cidades são traiçoeiras (cheias de infectados), e áreas rurais podem esconder cultos perigosos (como os Seguidores da Serpente). Já em Zumbilândia, os protagonistas seguem uma lista de regras, incluindo "Sempre verifique o banheiro" antes de se acomodar.
Lição real: Se um apocalipse acontecer, fuja de centros urbanos (onde há competição por recursos) e busque locais com:
Em Extermínio, um corte simples pode significar infecção e morte. Séries como The Stand mostram que, sem antibióticos ou hospitais, uma gripe banal vira sentença de morte. Até The Walking Dead explora isso — quando Hershel perde a perna, o grupo precisa aprender medicina básica para salvá-lo.
Lição real:
Filmes como A Estrada e O Nevoeiro mostram que o colapso mental é tão mortal quanto a fome. Personagens cometem suicídio, perdem a noção de realidade ou viram fanáticos religiosos (como a mãe em The Mist). Até Rick Grimes, em TWD, tem alucinações sob estresse extremo.
Lição real:
O momento mais memorável de The Last of Us é quando Joel escolhe salvar Ellie, mesmo que isso condene o mundo. Já em The Walking Dead, Rick oscila entre compaixão e tirania, provando que moralidade é um luxo em tempos desesperados.
Lição real: Decida seus limites éticos antes do caos. Você roubaria para alimentar sua família? Mataria para proteger alguém? Não espere o apocalipse para responder.
O apocalipse das telas é exagerado, mas suas lições são reais: habilidades práticas, saúde mental e flexibilidade serão sua melhor defesa. E se um dia o mundo acabar, lembre-se das palavras de Zumbilândia:
"Aproveite as pequenas coisas."
Afinal, até no fim dos tempos, sobreviver é diferente de viver.
O Voo da Mosca é uma coletânea de dramas pós-apocalípticos de zumbis que narra cinco histórias distintas ambientadas no mesmo universo, mas em momentos diferentes.
Contos desta coletânea: Puberdade (inédito) - Olhos Mágicos - Passagem - Terraço - Paradigma (inédito)
Nessa obra, os 'corpos amarelos' — como são chamados os seres transformados — não são a maior ameaça. As histórias exploram o entendimento das relações humanas e sociais, laços familiares e afetivos, identitarismo, conflitos, sacrifícios diante de uma nova realidade, traumas e relações de poder.
Em O Voo da Mosca, o leitor será desafiado a refletir sobre o comportamento humano em situações extremas e inesperadas. Cada conto é parte de um quebra-cabeça sombrio, onde os corpos amarelos podem ser o menor dos problemas. Prepare-se para uma leitura visceral, repleta de tensão psicológica e surpresas devastadoras.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
Avaliação publicada no Skoob
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