Desde que o cinema nasceu no final do século XIX, as telonas têm sido palco para narrativas que exploram o sobrenatural, o horror e o desconhecido. Dentre essas figuras assustadoras,
os zumbis emergiram como ícones aterrorizantes do cinema. A trajetória dessas criaturas começou há quase um século, e sua evolução ao longo do tempo é fascinante. Neste texto, mergulharemos na origem dos zumbis no cinema, desde suas primeiras aparições até o fenômeno global que se tornaram.
Antes dos zumbis tomarem conta das telas, figuras como o Golem no cinema mudo e o famoso monstro de Frankenstein, interpretado por Boris Karloff nos anos 30, serviram como
precursores do conceito de criaturas ressuscitadas. Ambos os personagens refletiam os medos e preocupações de suas épocas, com o Golem representando a ideia do controle sobre a vida e a morte, e Frankenstein simbolizando a ética e as consequências da ciência.
Em 1932, o filme "White Zombie" marcou a estreia do zumbi na cultura cinematográfica. Dirigido por Victor Halperin e estrelado por Bela Lugosi, o longa-metragem apresentava um cenário sombrio no Haiti, explorando o tema do vodu. A trama gira em torno de um feiticeiro vodu que transforma pessoas em zumbis escravizados, introduzindo o conceito de "zumbificação" no cinema.
A década de 1940 trouxe outro marco importante com o lançamento do filme "I Walked with a Zombie" (1943), dirigido por Jacques Tourneur. Inspirado no clássico livro "Jane Eyre", o filme abordava os rituais vodu, mas com uma abordagem mais psicológica. Ambos os filmes ajudaram a estabelecer as bases para o que os zumbis seriam no cinema.
Apesar das aparições anteriores, o gênero de zumbis realmente ganhou destaque em 1968, quando o diretor George A. Romero lançou "A Noite dos Mortos-Vivos". O filme, feito com um orçamento modesto, tornou-se um clássico do horror, transformando zumbis em seres canibais e retratando-os como uma metáfora social e política.
"A Noite dos Mortos-Vivos" acontece em meio a um apocalipse zumbi, no qual um grupo de pessoas presas em uma casa tenta sobreviver à invasão dos mortos-vivos. O filme chocou o público da época com sua violência gráfica e final perturbador, tornando-se uma referência para o gênero.
Após o sucesso de Romero, os zumbis se consolidaram como um dos monstros mais populares do cinema de horror. A década de 2000 trouxe um novo público para os zumbis com o filme "Madrugada dos Mortos" (2004), dirigido por Zack Snyder. Essa releitura do clássico de Romero trouxe mais ação e dinamismo ao gênero, cativando tanto fãs antigos quanto novos.
Outros filmes de destaque que contribuíram para a evolução dos zumbis no cinema incluem "Extermínio" (2002) e sua sequência "Extermínio 2" (2007), que trouxeram uma abordagem mais realista e frenética aos zumbis, além de "Zumbilândia" (2009), que adicionou elementos de comédia à mistura.
Além do cinema, a cultura dos zumbis também se espalhou para a televisão, sendo um dos principais exemplos a série "The Walking Dead". Lançada em 2010 e baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, a série tornou-se um fenômeno mundial e expandiu o universo dos zumbis para uma audiência ainda maior.
"The Walking Dead" introduziu zumbis em diversas formas de entretenimento, desde videogames até a literatura. A série também estimulou o surgimento de várias outras produções de zumbis na TV e no cinema, comprovando a força duradoura desse subgênero do horror.
A origem dos zumbis no cinema remonta ao início do século XX, com filmes como "White Zombie" e "I Walked with a Zombie". No entanto, foi com George A. Romero e "A Noite dos Mortos-Vivos" que os zumbis ganharam proeminência e evoluíram para o fenômeno cultural que conhecemos hoje. Sua trajetória no cinema é marcada por transformações e interpretações diversas, mas a essência assustadora e atraente dessas criaturas permanecem firmes na imaginação popular.
Ao longo dos anos, os zumbis se tornaram uma parte integral da cultura do horror e continuam a assombrar e fascinar o público, garantindo seu lugar de destaque nas telas e na cultura pop.
“Cada andar é uma batalha árdua até chegar no terraço. Ferido e exausto, ele questiona suas escolhas e lamenta as perdas que enfrentou.”
Terraço está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso prévio). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
Acesse o site oficial do autor para conhecer sua bibliografia. Lá, você encontrará mais distopia, em Lucas: a Esperança do Último, tem também ficção e controle do tempo, com a obra Antônio e o Tempo. Mas você também pode relaxar com algumas reflexões em Frases minhas sobre um coração em festa.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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