"Celular": o mundo perturbador do livro de Stephen King
Stephen King é conhecido mundialmente como o Mestre do Terror. E não é para menos, já que possui quase cem romances publicados, incluindo diversos clássicos e best-sellers, como "It: a Coisa", "A Dança da Morte", "O Iluminado", "Misery" e tantos outros. No entanto, hoje falaremos sobre um dos livros não tão conhecidos do autor, mas que carrega uma história eletrizante.
"Celular" é uma narrativa que não só arrepia pela trama, mas que também revisita questionamentos sobre nossa relação com a tecnologia. Vamos nos aprofundar? Lançado em 2006, este livro destaca o mestre do terror em seu melhor, desafiando nossas noções de dependência da tecnologia em uma narrativa emocionante.
Boa leitura!
Quem é Stephen King?
Stephen King é um aclamado autor americano de ficção, conhecido principalmente por seus trabalhos nos gêneros de horror e suspense. Nascido em 21 de setembro de 1947, em Portland, Maine, King começou a publicar suas obras na década de 1970 e rapidamente se tornou um dos escritores mais populares e prolíficos do mundo.
Seus livros, que muitas vezes exploram temas de medo, sobrevivência e o sobrenatural, têm vendido centenas de milhões de cópias, sendo traduzidos para mais de 50 idiomas. Algumas de suas obras mais conhecidas incluem "Carrie, a Estranha", "O Iluminado", "It: A Coisa" e "A Torre Negra", entre muitos outros. Além dos livros de terror, King também escreveu obras que exploram outros gêneros, como a novela "Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank" e o romance "22/11/63".
A influência de King não está restrita à literatura; muitos de seus livros e contos foram adaptados para filmes, séries de televisão e minisséries, expandindo ainda mais seu alcance e impacto cultural. Ele também é conhecido por seu estilo de escrita acessível e por criar personagens e enredos que capturam e mantêm a atenção do leitor, muitas vezes explorando os aspectos mais sombrios e misteriosos da experiência humana. King tem sido um prolífico escritor ao longo de sua carreira, e mesmo agora, com mais de 70 anos, continua a produzir novos trabalhos regularmente.
Sinopse do livro "Celular"
Em "Celular", somos transportados para um cenário de apocalipse. E o causador? Nada menos que nossos celulares. Quando um pulso misterioso é transmitido mundialmente, qualquer um que estivesse ao telefone naquele momento transforma-se em uma criatura selvagem.
Estes seres, conhecidos como "Fonies", representam uma ameaça constante para Clay Riddell, nosso protagonista. Preso longe de casa, ele deve cruzar um mundo caótico para encontrar sua família. A viagem é recheada de suspense, perigo e um aprofundamento na condição humana, tão característico das obras de King.
A mágica narrativa de King
Stephen King é renomado por criar histórias que capturam leitores não só pelo medo, mas pelo investimento emocional nos personagens.
Em "Celular", temos uma combinação equilibrada entre o terror de um mundo pós-apocalíptico e a jornada pessoal de Clay e seus companheiros. O autor nos desafia a refletir sobre nossa resiliência, empatia e capacidade de manter nossa humanidade em circunstâncias extremas.
Curiosidades do livro "Celular"
- Reflexo Social: "Celular" foi escrito em uma época de rápido crescimento tecnológico. A trama pode ser vista como uma resposta a preocupações emergentes sobre a crescente dependência da tecnologia e os possíveis riscos desconhecidos associados a ela.
- Adaptação Cinematográfica: A versão para as telonas de "Celular" foi lançada em 2016. Apesar de contar com grandes nomes como John Cusack e Samuel L. Jackson, o filme teve opiniões divididas entre os fãs do livro e críticos.
- Temáticas Recorrentes: Stephen King frequentemente aborda o colapso da sociedade em suas histórias. Em "Celular", isso é evidente na forma como a civilização desmorona após o pulso. Além disso, a importância dos laços familiares e amizades é um pilar forte na narrativa.
Relevância contemporânea de "Celular"
A premissa de "Celular" vai além de um simples cenário apocalíptico. Na verdade, King toca em algo muito mais profundo: nossa relação com a tecnologia e as consequências potenciais dessa dependência. Em uma era onde estamos constantemente conectados, o livro nos faz questionar a extensão de nossa dependência dos dispositivos eletrônicos.
Ao transformar os usuários de celulares em "Fonies", King usa o horror como uma metáfora para os efeitos desumanizadores da tecnologia. Pode-se argumentar que, hoje, muitos de nós estão 'zumbificados' por nossos telefones, perdendo momentos preciosos da realidade.
Além disso, com os avanços tecnológicos e a integração da Inteligência Artificial em nossas vidas diárias, a mensagem de "Celular" ressoa ainda mais forte. Até que ponto podemos confiar em nossos dispositivos? E quanto da nossa humanidade perdemos ao nos entregar completamente à tecnologia?
Leia "Terraço", primeiro livro da série "Corpos Amarelos"
Magro, gordo; preto, branco; alto, baixo. Não importa quem você era, eles o iriam querer do mesmo jeito".
Terraço está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
Acesse o site oficial do autor para conhecer sua bibliografia. Lá, você encontrará mais distopia, em Lucas: a Esperança do Último, tem também ficção e controle do tempo, com a obra Antônio e o Tempo. Mas você também pode relaxar com algumas reflexões em Frases minhas sobre um coração em festa.
Pesquisar no blog
Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
O que são os corpos amarelos?
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
Livro "O Voo da Mosca": versões impressa ou digital
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Depoimentos dos leitores de "Terraço"
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
Avaliação publicada no Skoob
Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
Avaliação publicada no Skoob
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - JULIANO LOUREIRO ©