Já assistiu a um filme de zumbis e imaginou como seria se os mortos-vivos realmente existissem? Bem, no mundo dos insetos, esse cenário apocalíptico é uma realidade! No entanto, em vez de vírus ou toxinas, os verdadeiros mestres por trás dessa transformação são certos parasitas habilidosos.
Se você chegou até esse texto preocupado se esses parasitas conseguem causar um apocalipse zumbi em seres humanos, pode ficar tranquilo. Já explicamos por aqui que isso é cientificamente impossível. Leia: Zumbis podem existir no futuro?
Agora, acompanhe e descubra mais detalhes sobre como alguns organismos conseguem controlar as formigas, transformando-as em verdadeiros zumbis! Boa leitura.
Sim! O fenômeno pelo qual alguns parasitas controlam formigas, fazendo com que elas exibam comportamentos que favorecem os interesses do parasita, é um exemplo fascinante da complexa coevolução entre parasitas e hospedeiros. Aqui estão alguns exemplos notáveis:
Imagine uma formiga caminhando calmamente, e de repente, seu comportamento muda drasticamente. Ela começa a escalar, como se fosse compelida por uma força invisível. Ao chegar a um ponto ideal, morde uma folha com tanta força que fica presa ali. E, enquanto a vida se esvai dela, um fungo brota da parte de trás de sua cabeça.
Isso não é uma cena de um filme de terror, mas sim o trabalho do Ophiocordyceps unilateralis. Este fungo tem uma relação parasitária com formigas da espécie Camponotini. Uma vez infectada, a formiga é manipulada a encontrar um local ótimo para o fungo crescer e se reproduzir, garantindo que seus esporos sejam liberados de uma altura onde possam infectar outras vítimas.
Da vida no fígado de um mamífero, passando por um caracol até chegar a uma formiga, o ciclo de vida do Dicrocoelium dendriticum parece mais uma epopeia. Este parasita, após passar pelo sistema digestivo do caracol e ser excretado em um muco defensivo, encontra seu caminho para dentro das formigas.
Quando infectada, a maioria das larvas deste verme fica confortavelmente no abdômen da formiga. No entanto, algumas se aventuram até o cérebro, onde realmente começa a magia (ou deveríamos dizer, o horror?). Manipulada pelas larvas, a formiga é atraída para a ponta de uma folha de grama. Ao morder, ela se prende, esperando ser consumida por um herbívoro, permitindo que o ciclo continue.
O jogo "The Last of Us" da Naughty Dog foi inspirado, em parte, pelos fungos parasitas que afetam insetos, especificamente o fungo Ophiocordyceps unilateralis que infecta formigas, explicado acima. No jogo, uma forma mutante deste fungo começa a infectar humanos, transformando-os em criaturas hostis e zumbi-like, levando a um colapso da sociedade.
A ideia de um fungo que pode controlar o comportamento de seu hospedeiro e, eventualmente, dar origem a uma estrutura de frutificação macabra que brota do hospedeiro, foi estilizada e adaptada para um cenário apocalíptico no jogo. É uma interpretação fictícia e dramatizada do que acontece na natureza, mas foi essa estranha realidade da natureza que serviu de inspiração para a narrativa do jogo.
O uso deste fenômeno natural como inspiração para "The Last of Us" mostra como a natureza pode ser tanto fascinante quanto assustadora, e como essas histórias reais podem ser transformadas em contos envolventes em diferentes mídias. Já escrevemos sobre o game aqui no blog, acesse: Tudo sobre The Last of Us: uma obra-prima dos videogames.
Os parasitas "zumbis" que afetam formigas e outros invertebrados são especializados e coevoluíram com seus hospedeiros específicos ao longo de milhões de anos. Embora sejam fascinantes e, às vezes, perturbadores em suas estratégias de reprodução, a maioria não representa uma ameaça direta à saúde humana. No entanto, é importante notar algumas considerações:
Em resumo, enquanto os parasitas "zumbis" específicos que afetam formigas não são uma ameaça direta para os seres humanos, eles são um lembrete da incrível diversidade de estratégias que a vida desenvolveu ao longo da evolução. Eles também são um testemunho da importância da pesquisa e do entendimento científico em nosso mundo natural.
Os parasitas têm uma capacidade incrível de adaptar e coevoluir com seus hospedeiros. E enquanto isso pode parecer macabro e perturbador para nós, é um
testemunho da incrível diversidade e engenhosidade da vida na Terra. O mundo natural está repleto de histórias fascinantes que muitas vezes rivalizam com as tramas dos melhores filmes de ficção científica e terror. Então, da próxima vez que você vir uma formiga, quem sabe que intrigas microscópicas estão se desenrolando bem diante de seus olhos?
“Cada andar é uma batalha árdua até chegar no terraço. Ferido e exausto, ele questiona suas escolhas e lamenta as perdas que enfrentou.”
Terraço está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso prévio). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
Acesse o site oficial do autor para conhecer sua bibliografia. Lá, você encontrará mais distopia, em Lucas: a Esperança do Último, tem também ficção e controle do tempo, com a obra Antônio e o Tempo. Mas você também pode relaxar com algumas reflexões em Frases minhas sobre um coração em festa.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
Avaliação publicada no Skoob
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