Em um cenário repleto de títulos marcantes, poucos jogos conseguem permanecer na mente dos jogadores por muito tempo após os créditos finais rolarem. Um desses poucos é "The Last of Us", um título desenvolvido pela Naughty Dog e lançado em 2013 para PlayStation 3. Inclusive, tive o privilégio de jogar o título na época do lançamento. Sem grandes expectativas, comprei o game e logo me amarrei na história.
A narrativa envolvente, personagens ricamente desenvolvidos e um mundo pós-apocalíptico detalhadamente construído convergem para criar uma experiência única. Por mais que o tema zumbi não seja nada verdadeiramente inovador, o game traz para os jogadores grandes diferenciais estéticos, além de uma jogabilidade beirando a perfeição, dentre outros elementos que conferiremos no texto de hoje.
Boa leitura!
O jogo nos situa 20 anos após uma pandemia devastar a humanidade, transformando os infectados em criaturas violentas e perigosas. A civilização, como a conhecemos, colapsou. Cidades estão em ruínas, natureza retomou seu espaço, e os poucos sobreviventes se apegam a qualquer resquício de esperança.
Joel vive inicialmente em uma zona de quarentena em Boston. Ele perdeu sua filha, Sarah, na noite inicial do surto, o que o deixou amargurado e endurecido ao longo dos anos. Joel agora trabalha com sua parceira Tess, fazendo contrabando e outros trabalhos duvidosos.
Tudo muda quando Tess e Joel são encarregados de contrabandear uma garota de 14 anos chamada Ellie para fora da zona de quarentena. Ellie é especial porque parece ser imune ao fungo – uma mordida que normalmente transformaria alguém em um infectado não influencia ela.
Em um determinado momento do game, ainda nas primeiras horas de jogatina, Tess, após ser mordida, confirma a imunidade de Ellie quando compara sua rápida infecção com a mordida antiga e não infectada de Ellie. Ela então se sacrifica para garantir que Joel e Ellie escapem, pedindo para que ele leve a garota para o grupo rebelde chamado "Vagalumes", na esperança de que sua imunidade seja a chave para criar uma vacina.
A jornada de Joel e Ellie os leva por várias cidades e estações do ano, encontrando uma série de personagens e enfrentando desafios, tanto de infectados quanto de humanos hostis. Durante essa jornada, os dois desenvolvem uma relação profunda e paternal, com Ellie tornando-se uma espécie de figura substituta da filha que Joel perdeu.
O jogo culmina com um dilema moral: quando Joel descobre que a criação de uma vacina a partir da imunidade de Ellie provavelmente a mataria, ele é forçado a decidir sobre até onde está disposto a ir para proteger alguém que passou a amar.
O gênero Cordyceps é composto por uma variedade de fungos parasitas, muitos dos quais infestam e matam insetos e outros pequenos animais. Ao infestar seu hospedeiro, o fungo eventualmente toma controle do corpo do hospedeiro, matando-o e, em seguida, produzindo uma estrutura longa e estendida para liberar seus esporos. Em muitos casos, os fungos Cordyceps forçam os insetos a escalar vegetação antes de matá-los, garantindo que os esporos sejam liberados de um ponto alto e dispersos pelo vento.
Um dos exemplos mais conhecidos é o Cordyceps unilateralis, que infesta formigas. Quando uma formiga é infectada, o fungo altera seu comportamento, fazendo-a subir em uma folha ou galho, morder firmemente e, eventualmente, morrer. O fungo então cresce fora do corpo da formiga, liberando esporos para infectar outras formigas.
O jogo The Last of Us usa uma variação fictícia do fungo Cordyceps como um elemento central de sua narrativa. No jogo, uma estirpe mutante do fungo salta da sua típica presa (insetos) para humanos. Isso leva a uma pandemia global, transformando os humanos infectados em criaturas hostis, semelhantes a zumbis, enquanto a sociedade desmorona ao redor dos personagens. É importante destacar que, até o momento, não há evidências científicas de que o fungo Cordyceps possa infectar ou controlar humanos da maneira retratada no jogo.
Além da ficção, algumas espécies de Cordyceps são usadas na medicina tradicional em algumas culturas, especialmente na Ásia, por suas supostas propriedades benéficas à saúde. Por exemplo, o Cordyceps sinensis é conhecido por ser utilizado na medicina tradicional chinesa e tibetana.
A jornada de Joe e Ellie é marcada pelo encontro com diversos personagens, que possuem grande importância para o desenrolar da história, trazendo nuances ao mundo que nos é apresentado. Por trás de cada esquina, há uma história de sobrevivência, perda, esperança e desespero.
Confira detalhes de cada um desses personagens principais:
Joel é o protagonista e personagem jogável de grande parte do jogo. Ele é um homem endurecido e amargurado devido à perda de sua filha, Sarah, na noite inicial do surto de Cordyceps. Antes do surto, Joel era um carpinteiro solteiro e pai amoroso, mas as circunstâncias transformaram-no em um contrabandista cínico e por vezes violento.
Ao longo da jornada com Ellie, ele lentamente começa a se abrir e a formar uma conexão paternal com ela.
Ellie é a co-protagonista do jogo. Ela tem 14 anos no início da história e cresceu em um mundo pós-apocalíptico. Apesar de sua juventude, Ellie é resiliente, corajosa e, muitas vezes, sardônica. Ela nunca conheceu o mundo antes do surto e é imune à infecção. A relação que desenvolve com Joel é central para a narrativa. Em alguns momentos do game, é possível jogar com a garota.
No primeiro DLC independente do game, "Left Behind", serve como prequela do game principal e tem a Ellie como foco narrativo (veja mais informações desse DLC abaixo).
Tess é a parceira de contrabando e amiga próxima de Joel no início do jogo. Ela é uma mulher determinada e prática, e compartilha um passado complexo com Joel. Tess desempenha um papel vital ao insistir que Joel ajude Ellie em sua jornada para encontrar os Vagalumes.
Sarah é a filha de Joel e aparece apenas no prólogo do jogo. Sua morte traumática nas primeiras horas do surto tem um profundo impacto sobre Joel, moldando grande parte de sua personalidade e ações ao longo da história.
Marlene é a líder dos Vagalumes, um grupo rebelde que luta contra as forças militares opressoras e busca uma cura para a infecção. Ela desempenha um papel crucial na história, já que é ela quem inicialmente encarrega Tess e Joel de contrabandear Ellie fora da zona de quarentena de Boston.
Bill é um sobrevivente solitário que vive em uma cidade armadilhada. Ele tem um passado com Joel e é um pouco paranoico, mas também é um engenheiro habilidoso. Joel e Ellie procuram Bill para ajudar a encontrar um veículo.
Tommy é o irmão mais novo de Joel. Ele foi um ex-Vagalume e mais tarde se torna o líder de uma comunidade em Jackson, Wyoming. A relação entre os irmãos é complicada devido a eventos passados, mas há um amor subentendido entre eles.
Henry e Sam são irmãos que Joel e Ellie encontram em sua jornada. Eles formam uma espécie de paralelo com Joel e Ellie, ilustrando temas de sobrevivência e sacrifício em um mundo cruel.
Estes são os principais personagens, mas "The Last of Us" tem muitos outros personagens secundários e terciários que enriquecem a narrativa e o mundo do jogo. A riqueza dos personagens e sua interação é uma das razões pelas quais o jogo é tão aclamado.
"The Last of Us" é celebrado não apenas pela sua narrativa, mas também pela sua jogabilidade e atmosfera imersiva. O jogo combina vários elementos de diferentes gêneros, incluindo ação-aventura, survival horror e stealth. Aqui estão alguns dos aspectos destacados da jogabilidade e imersão:
"The Last of Us" oferece um equilíbrio entre combate direto e mecânicas furtivas. Joel pode enfrentar inimigos diretamente usando armas de fogo, armas brancas ou combate corpo a corpo. No entanto, muitas vezes é mais seguro ou estratégico abordar os inimigos furtivamente, eliminando-os silenciosamente ou evitando-os completamente.
A munição é escassa, o que faz com que cada tiro conte e incentiva o jogador a pensar estrategicamente sobre quando e como enfrentar os inimigos.
O jogo tem um sistema de criação que permite aos jogadores coletar e combinar itens encontrados no ambiente para criar ferramentas e armas, como coquetéis molotov, kits de primeiros socorros e bombas de estilhaços.
Esse sistema obriga os jogadores a tomar decisões baseadas em recursos. Por exemplo, o álcool pode ser usado para criar um coquetel molotov ou um kit médico, mas não ambos.
O mundo de "The Last of Us" é apresentado em detalhes impressionantes, com ambientes urbanos em ruínas sendo recuperados pela natureza. Os ambientes são projetados para se sentirem reais e vivos, com cada local contando sua própria história através de visuais e objetos encontrados.
A atmosfera é tensa. O som desempenha um papel fundamental na criação dessa tensão, seja através da música sutil, dos sons de infectados à espreita ou do silêncio sufocante.
Ao longo do jogo, Joel e Ellie (e outros personagens com quem interagem) têm conversas orgânicas e interações que não apenas promovem a narrativa, mas também aprofundam o relacionamento entre eles e enriquecem o mundo.
Estes momentos, muitas vezes opcionais, aumentam a imersão e fornecem detalhes adicionais sobre os personagens e o ambiente.
O jogo apresenta vários tipos de inimigos, incluindo várias etapas de infectados — como os Runners, Clickers e Bloaters — cada um com seus próprios padrões de comportamento e ameaças. Adaptar-se a esses diferentes inimigos é crucial para a sobrevivência.
Além dos infectados, os jogadores frequentemente enfrentam humanos, que apresentam seus próprios desafios e táticas. Às vezes, os confrontos podem ser evitados ou resolvidos com uma abordagem mais furtiva.
"The Last of Us" é cinemático na sua abordagem à narrativa, com sequências de corte detalhadas e animações fluidas que fazem a transição suave entre a jogabilidade e a história.
Os momentos emocionais são acentuados por performances de captura de movimento e vozes incrivelmente realistas.
A combinação desses elementos de jogabilidade, com uma narrativa poderosa e personagens bem desenvolvidos, faz de "The Last of Us" uma experiência profundamente imersiva que muitos jogadores e críticos consideram ser uma obra-prima do meio dos videogames.
"Left Behind" é uma expansão independente (DLC) para "The Last of Us", lançada em fevereiro de 2014. Ela serve tanto como prequela quanto como sequência intercalada à narrativa principal do jogo e centra-se principalmente em Ellie.
Aqui está um resumo da trama e dos pontos principais de "Left Behind":
Uma parte significativa da DLC foca em flashbacks que detalham a relação de Ellie com sua amiga Riley. As duas exploram um shopping abandonado, se divertindo e compartilhando momentos que destacam a vida antes de Ellie se encontrar com Joel. É um olhar mais profundo sobre a personalidade de Ellie e seu passado, mostrando o contraste entre sua vida antes e após conhecer Joel.
Durante esses flashbacks,
Ellie e Riley compartilham momentos íntimos, revelando uma conexão profunda entre elas. No final do flashback, descobrimos que Riley foi mordida pelos infectados, o que eventualmente leva à revelação (conhecida no jogo principal) de que Ellie é imune, já que ela também foi mordida, mas não se transformou.
A DLC também explora os eventos imediatamente após Joel ser gravemente ferido em um confronto em "The Last of Us" (parte da história principal). Ellie precisa encontrar suprimentos médicos para salvar Joel. Estes segmentos ocorrem em um shopping diferente, mas apresentam uma jogabilidade similar, com Ellie enfrentando tanto humanos quanto infectados.
A narrativa alterna entre os flashbacks com Riley e a busca de Ellie por suprimentos para Joel, tecendo paralelos entre as duas situações.
"Left Behind" é notável por explorar mais profundamente a relação entre Ellie e Riley, dando uma dimensão adicional ao personagem de Ellie e ao mundo de "The Last of Us". A história trata de temas de amizade, perda, inocência e o custo da sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico.
A DLC também foi elogiada por sua representação positiva e autêntica de uma relação LGBTQ+, já que sugere fortemente uma ligação romântica entre Ellie e Riley.
"Left Behind" foi altamente elogiado por críticos e jogadores por sua narrativa emocional, sua jogabilidade intercalada e sua representação de personagens complexos e relacionamentos humanos. Muitos consideram-na uma extensão essencial da experiência de "The Last of Us".
The Last of Us Part II" é a sequência direta de "The Last of Us", desenvolvida novamente pela Naughty Dog e lançada em junho de 2020 para o PlayStation 4. O jogo é ambientado cinco anos após os eventos do original, e a narrativa é focada em temas de vingança, trauma e as consequências morais de ações violentas.
Aqui estão os principais pontos sobre "The Last of Us Part II":
Ellie, agora com 19 anos, vive em uma comunidade estabelecida em Jackson, Wyoming. Um evento violento e traumático, resultando na morte de uma figura importante para Ellie, serve como catalisador para a narrativa do jogo. Impulsionada pela vingança, Ellie parte para Seattle para confrontar os responsáveis.
Paralelamente, o jogo introduz uma nova personagem, Abby, cujo passado e motivações são revelados ao longo da história. A narrativa é estruturada de uma forma que os jogadores alternam entre controlar Ellie e Abby, fornecendo diferentes perspectivas sobre os eventos e moralidades em jogo.
Embora mantenha muitos dos elementos de jogabilidade do título original, "The Last of Us Part II" apresenta uma série de melhorias e refinamentos. O combate é mais fluido, com Ellie tendo mais opções de movimento, como se esquivar de ataques.
O jogo expande o sistema de crafting e oferece mais variedade em termos de armas e equipamentos. Os ambientes são mais expansivos e abertos, permitindo várias abordagens para enfrentar inimigos e resolver problemas.
A segunda parte do game é uma obra densa e frequentemente sombria que mergulha profundamente em temas de vingança, ódio, perdão e os ciclos de violência. Questiona a justificação da vingança e o custo emocional e moral que ela acarreta.
O jogo foi aclamado por muitos críticos por sua narrativa, desenvolvimento de personagens, representação e jogabilidade. No entanto, também foi polarizador para uma parte da base de fãs, principalmente devido a decisões narrativas audaciosas e o tratamento de personagens estabelecidos.
"The Last of Us Part II" foi elogiado por sua representação diversa de personagens, incluindo personagens LGBTQ+ e transgêneros. A relação entre Ellie e Dina, uma personagem que desempenha um papel significativo na história, é central para a narrativa.
A Naughty Dog foi elogiada por tratar essas representações com autenticidade e respeito, embora também tenha havido discussões sobre a representação e tratamento de certos personagens transgêneros.
Do ponto de vista técnico, o jogo é um dos mais impressionantes no PlayStation 4, com atenção meticulosa aos detalhes, animações realistas, design de som imersivo e uma trilha sonora emocional composta por Gustavo Santaolalla.
"The Last of Us Part II" recebeu inúmeros prêmios e foi reconhecido em muitas premiações de jogos pelo seu design, narrativa e personagens. É uma sequência ambiciosa que busca expandir e desafiar os temas e personagens do jogo original. É uma experiência intensa e emocional que gerou muita discussão e reflexão dentro e fora da comunidade de videogames.
A série televisiva foi lançada em janeiro de 2023 e foi sucesso absoluto em todo o mundo. Carregando o peso de ter sido produzida pela HBO, a série surpreendeu positivamente pela fidelidade ao jogo, além das grandes atuações dos personagens principais.
O projeto atraiu bastante atenção tanto da comunidade de videogames quanto da indústria televisiva, principalmente devido à popularidade e aclamação do jogo. Veja agora alguns detalhes da produção:
A série é uma colaboração entre a HBO, a Naughty Dog (o estúdio responsável pelo jogo) e algumas outras partes envolvidas na produção e escrita. Neil Druckmann, o diretor e escritor do jogo, está diretamente envolvido na produção da série, garantindo que a adaptação seja fiel ao material original.
Craig Mazin, conhecido por criar a aclamada série "Chernobyl" da HBO, está coescrevendo a série com Neil Druckmann. A combinação de talentos de Mazin e Druckmann gerou muita expectativa, dada a experiência de ambos em contar histórias profundas e impactantes.
A série seguiu a narrativa do primeiro jogo, focando no relacionamento entre Joel e Ellie enquanto eles navegam por um mundo pós-apocalíptico devastado por uma pandemia fúngica.
No entanto, como acontece com muitas adaptações, a série tomou algumas liberdades criativas com o material original para se adaptar melhor ao formato televisivo. Todos os episódios foram elogiados, mas também houveram críticas, como a ausência dos infectados em boa parte dos episódios.
Pedro Pascal, conhecido por seus papéis em "Game of Thrones" e "The Mandalorian", interpreta Joel. Já Bella Ramsey, também de "Game of Thrones", onde ela interpretou Lyanna Mormont, foi escalada como Ellie. A dupla foi bastante elogiada, conseguindo explorar com excelência a essência da relação entre os dois.
A adaptação de "The Last of Us" para uma série de TV é mais um sinal da crescente intersecção entre videogames e outras formas de mídia. À medida que os jogos continuam a ser reconhecidos por seu valor narrativo e artístico, é provável que vejamos mais adaptações de alta qualidade no futuro.
Tão logo a primeira temporada foi ao ar, executivos da HBO confirmaram a segunda temporada da série, prevista para 2024 ou 2025.
A influência de "The Last of Us" pode ser vista não apenas na sequência, "The Last of Us Part II", mas em muitos outros títulos lançados após 2013. O jogo redefiniu o que significa contar uma história através de um videogame, provando que os jogos podem ser tão narrativamente poderosos e emocionalmente impactantes quanto qualquer filme ou livro. O game é frequentemente considerado um dos maiores jogos de todos os tempos. O seu impacto na indústria de videogames, bem como na cultura pop em geral, é substancial. Aqui estão alguns pontos sobre o legado e a influência do jogo:
"The Last of Us" foi um dos jogos que ajudou a solidificar a ideia de que videogames podem ser uma forma legítima de arte e entretenimento, não apenas um passatempo. Ele ganhou inúmeros prêmios, sendo tema de muitas discussões fora dos círculos tradicionais de videogames.
O sucesso do jogo influenciou outros desenvolvedores em termos de design, narrativa e atmosfera. É possível ver traços de "The Last of Us" em muitos jogos lançados após 2013, especialmente aqueles que buscam criar uma experiência narrativa profunda.
Dado o sucesso do primeiro jogo, não foi surpresa quando "The Last of Us Part II" foi anunciado e lançado em 2020. A sequência expandiu a história, focando-se principalmente em Ellie, e também gerou discussões e debates significativos devido às suas escolhas narrativas.
Além disso, "The Last of Us" teve sua adaptação para uma série de televisão pela HBO, destacando ainda mais sua influência cultural e a crescente intersecção entre videogames e outras formas de mídia.
"The Last of Us" estabeleceu um novo padrão de qualidade para jogos de ação-aventura em termos de jogabilidade, design de som, detalhes gráficos, animações e narrativa. Muitos jogos futuros foram avaliados com base nos padrões estabelecidos por "The Last of Us", especialmente aqueles produzidos por estúdios AAA.
A representação de Ellie, revelada como uma personagem LGBTQ+ na DLC "Left Behind" e ainda mais explorada em "The Last of Us Part II", gerou discussões importantes sobre a representação de personagens queer nos videogames.
Em resumo, "The Last of Us" não é apenas um marco na história dos videogames, mas também uma prova do potencial dos jogos como meio de contar histórias poderosas e emocionantes. O seu legado é visto em muitos aspectos da indústria e cultura pop e, sem dúvida, continuará a ser uma influência por muitos anos.
"The Last of Us" é mais do que apenas um jogo. É uma experiência que desafia nossas emoções, nos faz questionar nossas moralidades e nos mostra que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, há espaço para esperança, amor e humanidade.
Seja você um ávido jogador ou alguém que simplesmente aprecia uma boa história, "The Last of Us" é uma obra que merece ser experimentada. Através de sua narrativa tocante, jogabilidade envolvente e representação profunda de um mundo em ruínas, ele se estabelece como um marco na história dos videogames e na cultura popular como um todo.
“Cada andar é uma batalha árdua até chegar no terraço. Ferido e exausto, ele questiona suas escolhas e lamenta as perdas que enfrentou.”
Terraço está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso prévio). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
Acesse o site oficial do autor para conhecer sua bibliografia. Lá, você encontrará mais distopia, em Lucas: a Esperança do Último, tem também ficção e controle do tempo, com a obra Antônio e o Tempo. Mas você também pode relaxar com algumas reflexões em Frases minhas sobre um coração em festa.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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