Quando falamos de apocalipse zumbi, é fácil pensar em paisagens urbanas devastadas, sobreviventes desesperados e, claro, hordas de mortos-vivos famintos por carne fresca. O gênero tem sido uma parte indelével da cultura pop por décadas, com filmes, séries, livros e jogos dedicados ao tema.
Mas no mundo das animações, a temática zumbi adquire uma camada adicional de profundidade, permitindo-nos explorar facetas do horror e da humanidade de maneiras inovadoras. No texto de hoje, exploraremos mais sobre a profundidade das animações e também entregamos uma lista se sugestões para você. Boa leitura!
A animação possui um poder único de representar realidades alternativas. Diferentemente dos filmes tradicionais, em que o realismo é muitas vezes o objetivo, as animações podem brincar com cores, formas e atmosferas de forma mais livre. Assim, um apocalipse zumbi não precisa apenas ser cinza e desolado; ele pode ser vibrante, surreal ou até mesmo cômico. Esta liberdade estilística permite que os criadores transmitam sentimentos e mensagens simbólicas de maneiras que seriam impossíveis em outras mídias.
Muitas animações com a temática apocalipse zumbi vão além do simples horror. Elas usam essa premissa para explorar questões como: O que realmente significa ser humano? Em um mundo onde os mortos caminham e a sociedade desmoronou, onde traçamos a linha entre civilização e barbárie?
A animação japonesa, por exemplo, tem uma tradição rica em mesclar temáticas obscuras com reflexões filosóficas. Séries e filmes exploram o apocalipse zumbi para tratar de temas como isolamento, perda, esperança e o valor da vida em face da morte iminente.
Enquanto muitos podem associar o apocalipse zumbi com terror e ação, as animações oferecem uma variedade de abordagens. Existem comédias que usam zumbis para criar situações hilárias, dramas que focam nas relações humanas em tempos de crise, e até romances onde o amor floresce em meio à devastação. Essa multiplicidade de gêneros mostra a versatilidade da temática zumbi e seu potencial para atingir públicos diversos.
Antes de listar as animações apocalípticas, é importante mencionar que a popularidade e a interpretação da temática zumbi podem variar dependendo da região e da cultura.
Enquanto a maioria dos títulos abaixo são do Japão, outros países também têm suas próprias versões e interpretações da narrativa zumbi em animação. A diversidade de enredos e gêneros reflete a versatilidade e atração universal da temática apocalipse zumbi.
Contextualização feita, vamos para a lista.
Esta série de anime japonês combina elementos de horror, ação e drama em um ambiente escolar. Estudantes e professores têm que lutar por suas vidas enquanto enfrentam hordas de zumbis e as complexidades das relações humanas.
Um filme de animação sul-coreano que serve como prelúdio do aclamado filme de zumbi "Train to Busan". Ele explora o início do surto de zumbis em uma estação de trem em Seul.
Embora não seja tecnicamente sobre zumbis tradicionais, este anime tem muitas semelhanças com a temática, apresentando criaturas chamadas "Kabane" que são muito parecidas com zumbis. A humanidade se refugia em enormes cidades fortificadas, conectadas por trens blindados.
Esta é uma abordagem única e cômica do gênero zumbi. Um grupo de meninas que foram ressuscitadas como zumbis formam um grupo idol para salvar a província de Saga.
ZOM 100: coisas para fazer antes de virar zumbi é uma divertida, com intensas cenas de ação e situada em um Japão apocalíptico infestado por zumbis famintos. A combinação desses elementos torna a história extremamente envolvente e empolgante. A série, derivada dos mangás, também ganhou versão em live-action pela Netflix.
Estes são filmes animados baseados na popular franquia de videogame "Resident Evil". Eles exploram diferentes surtos de zumbis e bioterrorismo.
Este anime oferece uma visão mais romântica e pessoal sobre a temática zumbi, seguindo a história de uma menina que se torna um zumbi e o garoto que se apaixona por ela.
Uma comédia que segue a vida de um garoto que é ressuscitado como um zumbi e acaba se envolvendo em diversas situações sobrenaturais cômicas.
Animações com temática apocalipse zumbi são muito mais do que apenas histórias de terror. Elas são uma janela para os medos, esperanças e dilemas da humanidade. Em um cenário onde a morte está sempre à espreita, cada decisão, cada interação, cada sacrifício torna-se um espelho de nossas próprias vidas. E, através do poder da animação, somos levados a refletir, rir, chorar e, acima de tudo, a valorizar a precariedade e beleza da existência humana.
"O bafo quente das bocas podres, o rosnado invadindo meus tímpanos, os farelos da pele seca e amarelada tentando entrar nas minhas narinas".
Terraço está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso prévio). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
Acesse o site oficial do autor para conhecer sua bibliografia. Lá, você encontrará mais distopia, em Lucas: a Esperança do Último, tem também ficção e controle do tempo, com a obra Antônio e o Tempo. Mas você também pode relaxar com algumas reflexões em Frases minhas sobre um coração em festa.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
Avaliação publicada no Skoob
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