A sobrevivência em um apocalipse zumbi exige planejamento e adaptação. Além de lutar contra zumbis e buscar abrigo, há uma questão que muitos sobreviventes esquecem até se tornarem vítimas dela: a higiene.
Manter-se limpo e saudável em um mundo infestado de mortos-vivos pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Infecções, doenças e até mesmo o cheiro podem atrair inimigos indesejados.
Então, vamos falar sobre como improvisar e manter a higiene básica para garantir que você (e seu grupo) continuem vivos e bem. Vamos abordar cuidados com o corpo, a saúde bucal, a higiene dos alimentos e até dicas para lidar com o "banho" em um cenário sem acesso a produtos e recursos básicos.
Água potável será escassa, e usá-la para banhos completos pode não ser uma opção. Nesse caso, a técnica conhecida como “banho de gato” se torna sua melhor amiga.
Em vez de um banho convencional, use pequenos panos umedecidos para limpar as áreas críticas: axilas, rosto, virilhas e pés. Se você tiver algum tipo de álcool, como vodca (ainda que seja raro ter uma garrafa só para isso), dilua um pouco na água para matar bactérias.
Itens úteis:
A higiene bucal pode facilmente ser ignorada, mas uma infecção dentária pode se tornar um problema sério. Sem uma escova de dentes, opte por alternativas naturais como carvão vegetal triturado misturado com água ou, se disponível, bicarbonato de sódio.
Outra solução é usar um pedaço de galho de árvore (alguns preferem ramos de árvore como o salgueiro, que possuem propriedades antibacterianas) para esfregar os dentes.
Itens úteis:
Evitar doenças é crucial, especialmente quando as condições médicas são inexistentes. Água e sabão são o ideal, mas se o sabão acabar, a cinza da madeira (de fogueiras, por exemplo) pode ser usada como substituta para limpar as mãos antes de comer ou de cuidar de ferimentos. Cinzas têm um pH alcalino, que ajuda a eliminar algumas bactérias.
Itens úteis:
Em um mundo sem papel higiênico, será necessário improvisar. Folhas grandes, como as de bananeira (atenção para evitar folhas que possam irritar a pele), podem servir como papel higiênico improvisado.
Outra dica é utilizar panos de algodão que podem ser lavados e reutilizados (similar ao uso de fraldas de pano). Para a higiene feminina, reutilizar panos limpos e ferver sempre que possível pode garantir a limpeza.
Itens úteis:
Gerenciar resíduos é essencial, já que o acúmulo de lixo atrai insetos e doenças. Sempre que possível, enterre os resíduos humanos a uma distância segura do acampamento e das fontes de água para evitar contaminação. Um buraco no chão pode servir de latrina temporária, e folhas ou areia podem ser usadas para cobrir e evitar odores.
Itens úteis:
Sem uma boa higiene alimentar, as doenças gastrointestinais podem se espalhar rapidamente. Cozinhar bem os alimentos, especialmente carne, é essencial para matar qualquer bactéria. Lave frutas e verduras com água fervida sempre que possível. Alimentos enlatados, se encontrados, são uma ótima opção por serem menos vulneráveis à contaminação.
Itens úteis:
Cortes e feridas precisam de atenção para evitar infecções perigosas. Lave qualquer ferimento com água limpa ou fervida. Se tiver acesso a álcool, use-o para desinfectar. Uma boa prática é cobrir feridas com panos limpos ou com plantas antibacterianas (como babosa) para evitar exposição direta a sujeiras e bactérias.
Itens úteis:
Manter a higiene em um apocalipse zumbi pode ser desafiador, mas não é impossível. Adotar essas práticas básicas vai te ajudar a evitar doenças, infecções e até a tornar seu grupo mais eficiente. Afinal, em um mundo onde cada detalhe conta, a higiene pode ser um diferencial crucial para a sobrevivência.
Então, lembre-se: a água pode ser escassa e o luxo dos produtos de limpeza modernos talvez não exista mais, mas isso não significa que você precisa abrir mão da higiene.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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