Se você é fã de zumbis e já assistiu ao primeiro filme da franquia "Invasão Zumbi" (Train to Busan), provavelmente ficou ansioso por "Invasão Zumbi 2: Península" (Train to Busan Presents: Peninsula). Lançado em 2020, esse filme trouxe um novo fôlego ao gênero, expandindo o universo do apocalipse zumbi com uma abordagem mais voltada para ação e cenas eletrizantes.
Vamos destrinchar um pouco sobre o que esse longa oferece, desde a sinopse até seu impacto cultural. Me acompanhe e boa leitura!
A história de "Invasão Zumbi 2: Península" se passa quatro anos após os eventos devastadores do primeiro filme. A Coreia do Sul, outrora vibrante, agora é uma terra devastada e isolada do resto do mundo, dominada por hordas de mortos-vivos e por humanos que lutam por sobrevivência em um ambiente completamente desolado.
O protagonista, Jung-seok, é um ex-soldado que conseguiu escapar para Hong Kong, mas vive atormentado pela culpa de não ter conseguido salvar sua família. Ele é recrutado para uma missão de retorno à Península, onde terá que recuperar uma carga valiosa, escondida em um caminhão.
Ao chegar lá, ele descobre que o que restou da humanidade é tão perigoso quanto os zumbis, enfrentando não só as criaturas, mas também gangues locais e comunidades que abraçaram a selvageria para sobreviver.
Uma das grandes diferenças entre "Invasão Zumbi 2: Península" e o filme anterior é o tom. Enquanto o primeiro "Invasão Zumbi" focava no drama emocional e nas relações humanas em meio ao caos de uma infecção zumbi, o segundo filme se volta mais para ação intensa e momentos de adrenalina. Com uma atmosfera pós-apocalíptica que lembra bastante filmes como "Mad Max" e "Eu Sou a Lenda", "Península" mistura cenas de perseguição frenéticas com momentos de tensão e lutas brutais pela sobrevivência.
Além disso, o filme destaca a degradação da moralidade humana em um cenário apocalíptico. As pessoas que ficaram para trás na Península criaram uma sociedade cruel, onde a violência é uma moeda de troca, e os zumbis se tornaram praticamente parte do cenário, não mais a maior ameaça. Essa dinâmica torna o filme mais um thriller de sobrevivência que explora a natureza humana, sem abandonar o elemento de terror clássico dos mortos-vivos.
Outro ponto de destaque é a estética do filme. Com cenas filmadas em ruínas urbanas e uma paisagem distópica que captura perfeitamente o clima de uma civilização colapsada, "Invasão Zumbi 2" constrói um ambiente envolvente e cheio de detalhes.
Os efeitos especiais, especialmente nas cenas de perseguição com carros e nas hordas de zumbis, são impactantes e bem executados. Embora tenha havido algumas críticas quanto ao uso excessivo de CGI, o filme ainda entrega momentos visualmente memoráveis.
"Invasão Zumbi 2: Península" chegou com uma enorme expectativa, especialmente depois do sucesso estrondoso de "Invasão Zumbi", que se tornou um dos filmes de zumbi mais bem-sucedidos e aclamados dos últimos tempos. O primeiro filme conseguiu algo raro: cruzou barreiras culturais e fez com que o público ocidental voltasse os olhos para o cinema sul-coreano, muito antes de "Parasita" ganhar o Oscar.
"Península", por outro lado, dividiu opiniões. Muitos fãs do primeiro filme esperavam um retorno ao drama emocional e às interações humanas profundas, enquanto "Península" se afastou disso para uma abordagem mais voltada para a ação e o entretenimento puro. Mesmo assim, o filme teve um impacto considerável no cenário global do gênero zumbi, consolidando ainda mais a Coreia do Sul como um player de destaque nas produções de terror e ação.
Em termos de bilheteria, apesar de ser lançado durante a pandemia de COVID-19, "Península" conseguiu arrecadar bons números, especialmente na Ásia. O filme reafirmou o interesse pelo gênero pós-apocalíptico e mostrou que a história de zumbis ainda tem fôlego para muitos desdobramentos criativos.
"Invasão Zumbi 2: Península" pode não ter o mesmo apelo emocional do seu antecessor, mas oferece uma montanha-russa de ação em alta velocidade para os fãs do gênero. Com uma pegada mais voltada para o entretenimento visual, ele explora novos aspectos do apocalipse zumbi e expande o universo criado por "Invasão Zumbi" de maneira ambiciosa. Mesmo que não tenha agradado a todos, o filme cumpre seu papel de ampliar a mitologia dos mortos-vivos, com um olhar mais voltado para o caos social e a brutalidade humana em um mundo devastado.
Se você curte ação intensa com zumbis à solta e tem curiosidade em ver como o cinema sul-coreano explora o pós-apocalipse de forma única, "Invasão Zumbi 2: Península" é uma boa pedida para sua próxima maratona zumbi!
Em "Olhos Mágicos", o terceiro livro do universo pós-apocalíptico "Corpos Amarelos", somos transportados para o início da terrível Peste Dourada através dos olhares de Oliver e Rebeca, dois vizinhos que testemunham o caos desdobrar-se bem diante de seus olhos. Morando no mesmo andar, um de frente para o outro, cada um enfrenta a ameaça crescente de uma maneira única, compartilhando a angústia e o medo que se espalham tão rapidamente quanto a própria doença.
Por meio de uma narrativa que alterna entre os pontos de vista de Oliver e Rebeca, capítulo a capítulo, "Olhos Mágicos" nos oferece um vislumbre íntimo de suas vidas cotidianas, agora interrompidas pelo surgimento dos corpos amarelos. Utilizando-se dos olhos mágicos de suas portas, eles observam, impotentes, a transformação de seus vizinhos e o mundo exterior se desfazendo em caos.
Confinados, mas não derrotados, Oliver e Rebeca formam uma amizade forjada na adversidade. Juntos, enfrentam o dilema de permanecer em segurança nos limites de seus apartamentos ou arriscar tudo ao sair para enfrentar o desconhecido. "Olhos Mágicos" é uma história de sobrevivência, amizade e coragem diante de um mundo transformado, onde a esperança reside nos momentos de humanidade compartilhados atrás de portas fechadas.
Acompanhe Oliver e Rebeca em sua jornada emocionante, enquanto eles decidem se a vida além de suas portas vale o risco de enfrentar os corpos amarelos.
"Olhos Mágicos" está disponível em formato digital e você pode comprá-lo aqui, R$ 0,00 (para assinantes Kindle Unlimited) / R$ 7,90 (para comprar) (os valores podem alterar sem aviso). É uma publicação independente do autor Juliano Loureiro.
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Livros da série Corpos Amarelos
O Voo da Mosca (2025)
Olhos Mágicos (2024)
Passagem (2023)
Terraço (2023)
Os Corpos Amarelos são criaturas infectadas que um dia foram saudáveis humanos. Apresentando pele amarelada e ressecada, frequentemente exibindo vísceras e órgãos internos expostos, sua aparência pútrida oculta as inúmeras limitações desses seres, que podem adotar comportamentos variados.
Embora o número exato de variantes dos Corpos Amarelos seja desconhecido, fica claro que eles passaram por diversas mutações. Desde os inativos, lembrando um eterno estado de coma, até os "quase-comuns", seres que exibem certo grau de cognição.
A disseminação da infecção permanece envolta em mistério, seja através da inalação de um pó amarelo ainda não identificado, ou do contato direto entre o corpo pútrido e um ser humano saudável.
Numa manhã de sábado, uma densa névoa de poeira varreu os céus de Belo Horizonte, trazendo consigo um agente microscópico que selaria o destino da humanidade.
Em questão de instantes, milhares de pessoas foram infectadas, dando início a uma batalha desesperada pela sobrevivência contra os poucos que ainda não haviam sido afetados.
Tudo se desenrolou num piscar de olhos. Um dia ensolarado, acompanhado por uma brisa fresca no inverno da cidade, parecia perfeitamente comum. Mas o que se seguiu transformou essa tranquilidade em um pesadelo sem precedentes.
Cadáveres jaziam espalhados pelas ruas, enquanto os sobreviventes corriam em desespero em todas as direções. Hospitais sobrecarregados lutavam para lidar com a crise, supermercados eram saqueados e atos horrendos eram perpetrados em plena luz do dia.
O mistério pairava no ar, sem que ninguém soubesse a verdade. Teorias brotavam, alimentadas pela imaginação dos radialistas. Em questão de horas, serviços essenciais, como energia e comunicação, começaram a demonstrar sinais de instabilidade.
Pouco a pouco, os corpos amarelos passaram a dominar a cidade, enquanto os poucos sobreviventes humanos lutavam para decifrar a situação terrível que se desenrolava e buscavam desesperadamente uma saída.
"O Voo da Mosca" está disponível para e-book (Amazon Kindle) e também na versão impressa (Clube de Autores). Clique no botão abaixo correspondente à versão desejada.
Gabriel Caetano
"É sempre legal ver obras que quebram a mesmice e provam que podem sair da fórmula padrão. E é isso que esse conto me mostrou, pois em vez de focar só no apocalipse e nos zumbis, se aprofunda mais na psiquê humana e sobre o estado psicológico do protagonista enquanto enfrenta o caos, coisa que não acontece nas grandes mídias, onde os protagonistas geralmente aceitam a nova realidade em questão de poucos dias".
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Aelita Lear
"O que resta da humanidade? Com esse questionamento, somos colocados em um universo distópico rodeado por corpos amarelos e poucos humanos que lutam pela sobrevivência. Neste livro, somos levados e quase que obrigados a sentir as mesmas emoções do personagem principal, que luta contra zumbis amarelos de diferentes contaminações até chegar no Terraço, numa jornada eletrizante e viciante. Terraço é aquele tipo de livro que podemos ler de uma vez só, de tão envolvente e viciante, principalmente quando terminam os capítulos"
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